"Queria ser desapegada, queria não amar demais, taí um defeito que eu não desejo a ninguém, amar demais, amar tanto que me desdobro várias e várias vezes só para fazer as coisas como a pessoa quer, e pensa em algo que acaba comigo, deixo se ser quem sou, coloco minha felicidade, minha auto estima e meu amor próprio no bolso e nem percebo, quando vejo já estou atolada até o pescoço de infelicidade, de ressentimento, e ainda acabo com uma pessoa que continua a me pedir mais e mais mudanças. Ouço coisas que nunca ouviria de ninguém, deixo que façam coisas que nunca aceitaria de ninguém, e o pior, continuo ali, imóvel, sem reação, só me perguntando qual foi o mal que eu fiz para merecer aquilo tudo. Lógico que também explodo, qualquer pessoa nessa situação explode, fica brava, discute, fala mil coisas que nem verdades são, só para afetar o outro, e assim vai, que jogue a primeira pedra quem nunca fez isso; mas explodo e me martirizo por isso, como se a culpa de tudo fosse só minha, aonde é que eu enfiei na cabeça que a culpa é só minha?! Como se eu fosse a pior pessoa do mundo, não, não sou. Eu só faço demais, muito mais do que devia fazer, e por conta disso espero demais, espero que a pessoa entenda as minhas crises também, que me cuide quando não estou em condições de cuidar, que converse e olhe meu lado das situações, que me respeite, e que esteja do meu lado, como eu sempre estou, não é pedir demais é? Acho que não, então porque eu tenho que dar mais do que espero receber, quanto tempo ainda vou demorar para aprender que as pessoas nem sempre tem o mesmo comprometimento que eu?! E aí eu volto na questão central disso tudo.
Queria ser desapegada, queria não amar demais..."
Monday, February 3, 2014
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