Saturday, September 13, 2008

queria ser quem eu sou, queria fazer o que eu quero, queria poder o que posso, queria sorrir por sorrir, fazer só porque estou com vontade, acordar de manhã e ver o sentido das coisas aparecendo assim sem eu nem pedir, queria ficar sem aquele aperto no peito, sem aquela cama a me chamar, sem sentir necessidade de me fechar em meus proprios sentimentos, tenho vontade de mandar todo mundo para longe, mas ao mesmo tempo queria poder ter todo mundo por perto, queria ter a certeza das coisas... mas as vezes fico pensando se não é melhor viver nessa incerteza diária, sabendo que talvez um dia quem sabe um dia aconteça alguma coisa que me faça sorrir mais do que o normal, melhor do que viver sabendo que foi totalmente desprezada e não tem chances de nada acontecer, é um grande problema, uma grande solução.. levar um tapa? ou daixar acontecer? o sorrisso que eu queria que fosse para mim, não é, e não sei se um dia vai ser... afinal de contas não quero que ele deixe de sorrir, só queria que por um misero momento ele seja para mim, como é para ela, só por um misero momento, não tem ideia de como faria diferença, acho que essa insegurança, essa minha baixa auto estima está me deixando cada vez mais melancólica e pensando cada vez mais besteiras, e só o que me vez a cabeça é o fato de eu não ser boa o bastante, não para ele, nem para você, nem para ninguém... mais para eu mesma, não sou boa suficiente para eu mesma, para os meus conceitos, os meus gostos, os meus objetivos, os meus desejos, as minhas insanidades, para nada... sempre acabo exigindo demais de mim, sem perceber que eu não sou quem eu queria que eu fosse, mas sou simplesmente eu, com meus defeitos e qualidades, com minhas birras e conselhos, com minhas manias e agrados... só eu, assim... simplesmente eu, e eu ainda sou aquela música que eu ouvi, aquela melodia que eu cantei, aquela letra que eu escrevi, aquele signo que eu vi, aquele poema que me emocionou, aquela cena que me cortou, aquele simples gesto que me fez chorar, aquele erro que nunca mais eu consegui perdoar, aquele tombo que eu levei, aquela risada que eu dei, aquele choro que deixei escorrer, aquele suor que eu não sequei, aquele gosto que ainda tem... em alguns lugares que não irão esquecer, sou meus conceitos, sou minhas palavras, sou meus gestos, sou minhas letras, sou minhas músicas, sou simplesmente cada letra que digito neste teclado, sem tirar nem pôr, eu sou esse ser humano que se coloca assim abertamente, sem medo de errar... mas ao mesmo tempo sendo a pessoa mais medrosa do mundo, aquela que você pode julgar, mas nunca vai poder imitar, sou muito mais do que as pessoas imaginam, aqui debaixo de tudo isso que algumas coisas que ninguém nunca viu e nunca vai ver, e faço o favor de guardá-las para mim, somente para mim, porque afinal de que seria a minha vida se eu não tivesse esses momentos em que posso contar meus próprios segredos para eu mesma?
de nada me valeria levantar de manhã... se o sorrisso não mudasse a cada dia que passa, se fosse para tudo ser igual, eu nem levantaria, cada dia, cada passo, cada segundo, muito mais do que tempo passando... são mudanças e evoluções ocorrendo, aqui, ali e dentro, de muitos lugares, de muitas pessoas, aquelas mesmas pessoas que me adentram... aqueles personagens que eu continuo a manter aqui dentro, com todo o orgulho do mundo, tenho meus conceitos, e não irei quebra-los, por mais duro que isto seja para mim, por mais doloroso que seja acordar todo dia, eu continuo aqui dando minha face a bater, e nadando contra a maré que insiste em me empurrar de volta ao fundo do poço, volta... volta... não quero mais tudo isso assim, será que dá para dar a marcha ré? porque eu cansei de brincar disso aqui, não quero mais, tava afim de outras brincadeiras agora, aquelas que eu ia me tornar alguém melhor e mais responsável, será que já tenho idade para brincar disso? acho até que já passou da idade de eu começar a brincadeira, aquela que a gente se prepara a vida inteira para brincar... a brincadeira de ser gente grande!
;)

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